segunda-feira, junho 25, 2007

Sã vaidade

Uma mulher que sai de casa a uma da manhã, porque brigou com o marido (sai para beber, embora ambos tivessem acabado de chegar um tanto quanto alterados de álcool). Um marido que não consegue dormir, preocupado (preocupação tardia, posterior ao que deveria ter feito, ou seja, impedido a mulher de sair) e que sai de casa, quase às três da manhã, pra procurar a mulher.
Os dois se encontram numa rua qualquer, escura e deserta, ela carregada por um outro homem, quase não se agüenta em pé (no dia seguinte vai dizer que nunca bebeu tanto na vida).
O marido a toma nos braços como se ela fosse um bastão que os atletas de revezamento 4x100 usam. Só lhe resta apertar a mão do outro homem e agradecer, apesar de estar mesmo é desconfiado da gentileza do distinto cavalheiro.
No meio do tumulto - palavras, muitas palavras são proferidas - o marido percebe o batom que sua mulher traz na mão: bêbada, sim, ele pensa, mas não louca, porque conservou a vaidade.

Nenhum comentário: