terça-feira, junho 26, 2007

O furo quase imperceptível

Hoje de manhã, o pneu da frente da minha bicicleta estava vazio. Fui até o borracheiro e o enchi, mas sei que ele está furado, porque não é a primeira vez que isso acontece. Deve ser um furo bem pequeno, quase imperceptível, porque depois de cheio o pneu funciona durante um dia inteiro como se estivesse em perfeitas condições. Amanhã, quando eu for sair com a bicicleta, o pneu estará vazio novamente e novamente terei que levá-lo para encher.
Consertar um furo como esse deve custar, no máximo, uns cinco reais. E o borracheiro deve levar, no máximo, quinze minutos para fazê-lo. O problema é que sempre tiro a bicicleta da garagem para chegar, com alguma urgência, em um compromisso qualquer e não me é possível fazer o conserto do pneu nesse momento, tenho tempo apenas para enchê-lo. Quando volto do compromisso, como está tudo bem com a bicicleta, nem me lembro que o pneu está com o tal furo quase imperceptível e, assim, levo a bicicleta direto para a garagem - pode acontecer, também, que, voltando do compromisso, eu me lembre do furo, sim, mas a vontade de voltar logo pra casa é tão grande e a preguiça é tão grande, que deixo para depois uma tarefa inevitável (e, em alguma hora, não mais adiável).

Um comentário:

dado disse...

Kafka puro. Legal seu blog Walter, não sabia da existência dele. Eu tive um tb., se quiser dar uma olhada ainda deve estar lá: poeria.zip.net

grande abraço!
Dado